A Nuvem

 

 

Estava um homem debaixo de uma grande árvore pensando sobre como ele poderia criar algo inovador, algo que pudesse fazer a diferença na vida das pessoas para o bem, e que pudesse ser de utilidade pública e fosse viável a educação. Por conseguinte, in­tercorreu de esse homem adormecer debaixo desta árvore, enquanto ele estava pensando em uma solução sobre como ele poderia forjar algo diferente e criativo. E, durante o sono, ocorreu dele ver sobre si uma nuvem azul, de cores faiscantes e brilhantes, que lhe instruía para que ele buscasse realizar, aquilo que havia de mais nobre e belo guardado no seu coração.

Todavia, o homem não sabia o que havia de mais espetacular dentro de si, e perguntou a nuvem azul faiscante:

— O que eu posso gerar de tão elevado valor, que possa fazer a diferença na vida das pessoas para o bem?

— Tu podes co-criar o que de mais belo e harmonioso há em sua essência divina! — respondeu-lhe a nuvem azul com uma voz pode­rosa semelhante ao trovejar. — Pois, sendo tu filho da luz, logo, tu és filho do Altíssimo. Por causa disso, Ele age através de ti, por tudo aquilo de bom que tu ouves d´Ele falar, quando Ele contigo se co­munica por sinais, toques e palavras que entenderás mediante a tua intuição.

No entanto, o homem tentou compreender o que aquela nuvem azul faiscante lhe dizia em sonho, e começou a questioná-la:

— Mas como eu posso ouvir ao Altíssimo, se Ele fala comigo por “sinais, toques e palavras”? Como saberei quais são estes sinais que Ele me envia, para que eu possa interpretá-los e compreender, o que Ele quer conceber através da minha inteligência e do meu trabalho?

À vista disso, a nuvem azul faiscante explicou-lhe o que ele tinha que fazer, para poder encontrar a sua Luz Interior, e aperceber-se dos sinais que ela enviaria a ele, de modo que este pudesse empregá-los na construção da sua divina obra:

— Ó homem! — disse-lhe a nuvem azul faiscante. — Tu deves aprender a ouvir o teu silêncio interno! Só ouvindo ao teu silêncio interno, tu poderás fazer algo de edificante ao próximo, e concluir a tua missão de vida na Terra.

Porém, o homem insistindo, então, quis saber mais sobre como ele poderia encontrar a sua Luz Interior que lhe falava em silêncio, para que ele pudesse obrar, segundo as instruções que ela lhe poderia fornecer, a fazer algo de sublime e único entre a humanidade:

— Como eu posso encontrar no meu silêncio interno, a esta voz que me dirá o que eu poderei fazer de único, para contribuir positi­vamente na vida das pessoas? — perguntou. — Eu só tenho dentro de mim ruídos internos da minha mente, e esta, não me ajuda muito, a saber, qual o melhor caminho que devo tomar, para chegar a ser uma pessoa capaz de elaborar algo tão diferenciado entre os demais.

— Ó homem! — respondeu-lhe a nuvem azul. — Tu deves antes de tudo, aprender a ouvir o teu silêncio interno meditando. Somente quando tu aprender a se conectar com o divino dentro de ti, tu po­derá, então, agir conforme a orientação que este lhe dará. A verdade é a sua própria essência divina, e só ela pode lhe dizer o que poderás de belo e único engendrar, de maneira a contribuir com os demais membros da sua comunidade.

Não obstante, o homem ainda tinha duvidas sobre como ele po­deria fazer esse contato com o seu Eu Interno, e a nuvem azul fais­cante tornou a perguntá-la:

— Tá bom! — exclamou. — Mas como eu posso ouvir o meu silêncio interno, se o silêncio não se ouve, mas se ignora?

— O silêncio não se ignora rapaz! — corrigiu-lhe a nuvem azul faiscante. — O silêncio é a ponte que conecta o espírito encarnado, com os mistérios transcendentes a matéria. Estando tu em corpo, está sujeito aos devaneios da tua mente, que se manifestam por meio de pensamentos confusos que podem te gerar ansiedade ou depres­são. Portanto, a tua mente quando não educada através da prática meditativa, te faz acreditar ser real, o que tu enxergas no mundo como sendo uma projeção falsa da sua imaginação. Porém, a ver­dade, é que a realidade que tu atribuis significado, é o que dentro de ti tu crês ser real quando encontra-te em estado de vigília! Dessa forma ela é condizente aos teus pensamentos. Pois, sendo vós hu­manos espírito encarnados, és tu ó homem, um ser divino! Assim como a luz crística que de dentro de ti lhe fala, ressoando paz e har­monia do seu coração.

Destarte ficou o homem admirado pela sabedoria que a nuvem azul faiscante lhe revelava em sonho, e a ela, mais ele continuou a questionar:

— Mas como pode a luz estar dentro de mim, se eu não há per­cebo no meu dia a dia?

— Tu não a percebes, porque tu não a ouves! — respondeu-lhe a nuvem azul. — Se a ouvisse, aprenderia a identificar no mundo, o que ela lhe revela em espírito e verdade dentro de ti. És tu quem deve buscá-la em seu coração, para que esta lhe comunique o passo a passo no que deves empreender, de modo a poder trazer algo de novo aos povos e civilizações.

Em seguimento, o homem, então, procurou fazer conforme a nuvem azul faiscante lhe revelará em sonho. Logo, ao acordar, per­cebeu ter encontrado dentro de si, as respostas que ele pensava esta­rem em sua mente, nas coisas mundanas e nas outras pessoas. 

E consigo falou:

— Eureca! — levantou-se de debaixo da árvore em um pulo, ao despertar repentinamente do sonho. — Descobri de onde provém tudo o quanto pode um homem saber de belo, bom e justo. Desco­bri a verdade das verdades, quando dentro de mim, mergulhei no mais interno abismo da minh´alma. Sou, pois, sabedor agora do bem e do mal, porque vi em mim tanto a luz quanto a sombra na qual oscilo nos meus pensamentos, mas que só encontro a verdade, quando me alinho à retidão do Divino Espírito Santo — a luz crís­tica que fala do meu coração.

Por tudo isso, assim, ensinou-o a sua Luz Interior a fazer o que este homem deveria em espírito e verdade realizar, dado que, ele ficou pronto e compreendeu o que de dentro de si havia de mais belo e harmonioso. Pois, a beleza e a harmonia só pode haver, na­queles que encontrando ao seu Eu Crístico são capazes de realizar no mundo, as grandezas de um ser iluminado, que atribui à realidade objetiva — razão —, o que de mais belo, justo e bom há na sua rea­lidade subjetiva, a fé:

— Agora, pois, poderei levar aos homens, aquilo que me foi re­velado em espírito! Porque, hoje (depois de ter esta experiência mís­tica sonhando), consigo compreender melhor que a vida é uma expe­riência pela qual a própria consciência busca ao se materializar, des­cobrir as diversas nuances em que ela própria se coloca para poder compreender a si mesma, e ajudar a si própria através dos demais da sua espécie, a descobrirem o seu potencial divino de plenitude e rea­lização.

Dessa maneira, esse homem finalmente entendeu que o que ele poderia realizar de mais extraordinário na sua vida prática, era poder contribuir com as pessoas ensinando-as a encontrarem dentro de si mesmas, as respostas que elas procuram achar no mundo, pois este homem se descobriu ser um sacerdote do Altíssimo, e dedicou-se a ajudar aos demais a agirem segundo a vontade do Eterno, ao invés de os deixarem a continuarem a se autossabotarem em servir a vai­dade dos homens:

— Doravante, daqui em diante, poderei agir sempre alinhado a minha consciência crística, que me orientará sempre ao bem e ao justo obrar, pois, sou sabedor do amor divino que reside dentro de mim, e que me ilumina a alma. Amém!

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Sinopse

    A Sapiência do Querubim é um livro que convida os leitores a imergirem neste fascinante mundo da transcendentalidade da alma humana, que...