A Revelação

 

 

Havia um homem que possuía um dom espiritual de poder contatar o mundo etéreo. E, ao fazer isto, ele elevava-se em glória e majestade, pois sendo este homem santo, o mesmo podia aos mistérios transcendentes ao corpo e a mente ouvi-los, enxergá-los e compreendê-los. Posto isto, aconteceu que em um dia — enquant­o fazia suas meditações diárias —, esse homem teve uma revelação divina, ao ser contatado por um ser angelical. De fato, este anjo para ele se revelou como a um forte clarão, que parecia ser uma tocha de luz flamejante, e disse-lhe:

— Ó homem! Filho tu és do todo poderoso Deus! Porque, vejo que tu sendo habituado a sacralidade do santo ofício (orar, estudar, meditar e trabalhar), as bênçãos do Divino Espírito Santo recaem sobre ti, e abençoam-te a vida.

— E quem me diz boas-novas? — perguntou o santo.

— Quem te diz — respondeu-lhe o anjo — é quem por espírito te conhece e te fala! Por certo, em forma de anjo a ti me revelo, pois, é por vontade de Deus que eu me manifesto, para te fazer sabedor dos tesouros sagrados guardados no céu, confiado somente aqueles, que são escolhidos pelo Creador.

Por conseguinte, tentou o santo compreender melhor com quem ele estava se comunicando, e o homem, deduzindo ser aquela tocha flamejante um emissário do Creador, interpelou-o:

— Tu és a revelação espiritual da vontade do Pai Eterno?

— Eu Sou — respondeu-lhe o anjo — a vontade d´Aquele que sempre existiu! d´Ele Eu Sou o verbo! E a ti, dirijo-me para te reve­lar os segredos d´alma humana.

— Eu tenho a sorte de poder ouvir a consciência que comigo fala! — expressou o santo a sua bem-aventurança. — Com efeito, pois, edificando-me no verbo sagrado, estou retificado na luz da sabedoria crística que reside dentro de mim.

— É o homem edificado na sabedoria crística — corroborou o anjo com o santo — quando ele a encontra ouvindo-a falar do cora­ção! Pois, voltando o homem para dentro de seu ser, esse se faz sábio! Por certo, é através do verbo que a ele fala em silêncio, que esse corrige as imperfeições da sua alma, quando o mesmo encontra confinado no seu templo, a sua sagrada luz: O Cristo que irradia amor e beleza.

Reiterou o santo:

— Busco todos os meus dias ouvi-lo! — afirmou. — E voltando para dentro do meu ser, sempre o encontro ressoar pulsando do meu peito. És tu por meu mentor e orientador! Pois, estou sempre a ouvir-te e notá-lo por meio dos sinais, toques e palavras pelos quais tu me instruis em sabedoria e verdade, estudando e trabalhando, de modo que eu possa beber da fonte da eterna iluminação, e ser um só em corpo e espírito com o Pai, assim como, também, com o Divino Espírito Santo.

— Sim! — respondeu-lhe o anjo. — Tu te tornas um com o Pai, quando para dentro de si voltas, donde poderás ouvir e ver os sinais do Santo Espírito que lhe instrui a alma e alinha-te a consciência, a obrar maravilhas que ouves pulsar do seu templo sagrado.

Por fim, falou o santo ao anjo que para ele se revelou, quando meditando ele o encontrou, ouvindo-o reverberar de dentro do seu templo sagrado:

— Glórias e louvores a Deus por ter-me concedido à graça de poder com um ser divino me comunicar! — disse em regozijo o santo despertando do seu estado meditativo. — Porque, hoje en­contrei com aquele que me é o archote da alma, e quem me ilumina o corpo com a luz da sabedoria de Deus. Amém!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sinopse

    A Sapiência do Querubim é um livro que convida os leitores a imergirem neste fascinante mundo da transcendentalidade da alma humana, que...