Culpava-se um homem por não conseguir atingir os seus objetivos materiais. E, tendo muitos tormentos e desafios, decidiu este humano pedir ajuda a Deus por uma intuição de como ele poderia conseguir superar os seus obstáculos, e poder realizar algo que lhe pusesse em uma condição social mais respeitável, e em um estado de espírito mais elevado. Porquanto, vendo Deus todo o sofrimento deste ser, mandou-lhe um anjo que para ele apareceu reluzente como ao sol, e brilhante como as estrelas.
Conseguintemente, perguntou-lhe o anjo, após para ele se revelar como a um clarão:
— Ó homem! Por que tu andas preocupado em saber como há de ser o teu futuro? Tu não tens fé no Altíssimo que te creou, e lhe deu a vida? Por que temes, se tu és também semelhante às estrelas que resplandecem no céu?
Surpreendido com a aparição do anjo, o homem respondeu-lhe:
— Senhor! Perdoe-me por agir assim. Mas a cobrança que sinto é muito grande! Meus dias já não são tranquilos e serenos — disse cabisbaixo — como um dia já foram.
— Tu não deves temer a vida e nem temer aos homens! — disse-lhe o anjo consolando-o o coração. — Tu só deves confiar a Deus os teus caminhos! Pois, sendo Deus quem a ti faz existir, é a Ele quem tu deves buscar-Lhe em auxilio, para que Ele te ouvindo, te revele o trajeto que melhor te cabe seguir.
— Pois é o que estou fazendo! — replicou-lhe aturdido o varão. — Clamei a Deus para que Ele me ouvisse. E de repente, aqui está diante de mim um anjo, que Ele me mandou.
— Sim! Por que temes então? — perguntou-lhe o anjo de maneira retórica. — Se estou aqui, é por vontade do Altíssimo! Por que Ele ouvindo as suas dores e o seu clamor, enviou-me para que eu te oriente a seguir pela senda da virtude e do amor, e não da tristeza e da dor.
— Senhor! — exclamou o homem com o semblante abatido. — Então, ajuda-me a conseguir sair desta situação em que me encontro, de não conseguir um meio nem para minha própria sobrevivência fazer.
— Estou aqui para te orientar! — respondeu-lhe o anjo novamente reconfortando-o o coração. — E poderei te revelar, o que tu estás pronto a ouvir e a acatar. Tu deves, pois, fazer conforme eu te disser para fazer, o que tu podes de melhor contribuir com os homens, e melhor servir a Deus.
Por conseguinte, um pouco mais aliviado pelo o que o anjo lhe falou, disse-lhe o varão:
— Sim, senhor! Farei conforme for da sua vontade. Que assim seja!
— Não! — retrucou-lhe o anjo em contraposição ao que foi afirmado. — Tu farás conforme for da vontade de Deus! Visto que, eu aqui estou para te iluminar o seu caminho, para que tu possas ao Altíssimo chegar! E quando chegares até Ele, tu saberá o que de melhor poderás obrar. Pois, é de dentro de si que virá à inspiração para que tu trabalhes segundo for à vontade de Deus, por ser Ele que te consagrou a vida, e o que de auspicioso Ele espera de ti fazer.
— Mas como assim senhor?
— Tu farás, conforme for de dentro de ti orientado a fazer! — explanou-lhe o anjo a dúvida. — Com efeito, pois, só pode as pessoas encontrar a Deus, quando elas habituarem-se a ouvi-Lo dentro de si, no silêncio do seu coração. E só pode a humanidade ouvir a Deus dentro do seu templo sagrado, quando os povos e nações confiarem ser Deus quem obra em espírito e verdade através do corpo humano.
Destarte, o homem, então, surpreso com o que o anjo lhe disse (por ele desconhecer que Deus em espírito dentro do seu corpo habita), ao anjo mais perguntou:
— Mas senhor, como assim: “Deus habita dentro das pessoas?” Como pode o Eterno, o Altíssimo habitar dentro do corpo humano, sendo que a humanidade é pecaminosa?
— A humanidade é pecadora, por não buscar ouvir o Altíssimo dentro de si! — explicou-lhe o anjo. — Se as pessoas procurassem encontrar a luz em seus interiores, e a buscarem fazer conforme a suas intuições assim lhe mostrasse a como fazerem, elas não padeceriam de miséria, nem de fome, e nem de luz.
Todavia, o varão, ainda tentava entender as explicações do anjo, e continuou a questioná-lo:
— Mas por que, então, há tantos homens que semelhantes a mim, padecem no mundo de tormentos? Por que não nos é ensinado a procurarmos encontrar a Deus dentro de nós, se Deus é quem através de nós, pode realizar maravilhas, e fazer com que sejamos a sua imagem e semelhança neste mundo de tormentos e desafios?
Seguidamente, o anjo lhe demonstrou por argumentos elucidativos a resposta para a dúvida que pairava no coração deste humano:
— Não vos é ensinado buscar a Deus dentro de vós, por que se assim se sucedesse, estaria à humanidade consciente de si própria! E estando consciente a humanidade de si própria, ela, então, serviria a Deus, e não aos homens.
Não satisfeito, o varão ouviu ao que o anjo lhe explicara, contudo, ainda persistia em entender mais a fundo o que ele lho revelara. E ao anjo indagou-lhe:
— Mas se assim é... — titubeou —, então, por que Deus não pune as pessoas que se aproveitam de seus semelhantes, para poderem ter as benesses do mundo e os gozos da vida?
— Deus a ninguém pune! — disse-lhe o anjo. — Deus, pelas suas leis já feitas desde a creação do mundo, faz com que a humanidade fique refém do seu próprio mal! De maneira que, se as pessoas buscassem a sabedoria divina ouvindo os seus corações, elas não viveriam em tormentos e nem passariam por aflições, querendo ao mundo agradarem, e aos que a ele servem-no. Todavia, a humanidade se esquece de que é a Deus quem ela deve servir, com amor, justiça e verdade se permitindo o Altíssimo obrar por meio delas.
Consequentemente, o homem começou a compreender que as aflições que ele sentia, era por querer de alguma maneira agradar ao mundo, e não servir a Deus! Pois, quando as pessoas se afastam de Deus, elas ficam amarguradas. E, em sua amargura, as pessoas procuram ser reconhecidas e vistas pelas suas aquisições materiais (como forma de tentar substituir ao Creador, ao invés de a sua sabedoria servi-la mediante as suas obras).
À guisa de esclarecimento, disse o homem ao anjo:
— Sim! Disseste a verdade. — corroborou. — A causa da minha aflição é não conseguir ser do mundo, ao invés de eu buscar agradar ao Pai, servindo-Lhe de meio para que Ele edifique a sua obra. Tento me encaixar em um mundo onde as aquisições materiais, é a forma pela qual os humanos demonstram ao seu próximo, um status falso de bem-estar e bem-aventurança, haja vista ser a verdadeira bem-aventurança, servir a Deus em espírito, buscando-O dentro de nós mesmo, para que Ele nos edifique na sua justiça, e nos retribua segundo a nossa fé, de nos permitimos Ele fazer a sua obra. Portanto, é desta forma que viveremos o bem-estar agradável aos nossos corações.
Posteriormente, tomado de consciência pelas instruções que o anjo lhe ensinou, esse homem, por fim, veio a realizar as obras do Espírito Santo, conforme Deus em sua eterna sabedoria assim quis que fosse.
Em sequência, o anjo lhe falou:
— Agora, pois, que sabes onde deves buscar edificar-te a alma, faça conforme te for instruído por quem tudo sabe e tudo vê! Uma vez que, foste até o céu para buscares o saber dos anjos, através de tuas meditações, e encontrando ao portador da luz dentro de si, agora, és conhecedor do bem e do mal que em ti faz morada. Entretanto, tu deves optar por servir a Deus que em luz e verdade brilhas dentro de ti, porque, só o Espírito Santo é capaz de fazer o homem compreender a sua existência e o propósito dele permanecer neste mundo. Portanto, tomes cuidado com a sua mente. Porque a mente é a maneira pela qual ela quer justificar a sua permanência aqui na Terra, pelas coisas existentes do mundo — através da ciência —, e não pelo o que as fazem anteriormente existir, a fé que as engendrou.
Dessa forma, finalmente, o homem compreendeu que a verdadeira bem-aventurança está não em adquirir e acumular capital ou bens materiais, todavia, em servir a Deus através do Espírito Santo, que dentro de si habita orientando-o a fazer conforme o seu talento e destino.
Por fim, disse o homem com o seu coração mais tranquilo e alegre ao anjo:
— Doravante, estou pronto para fazer (não de acordo com a minha vontade e meus desejos profanos). Entrementes, estou aberto a fazer em conformidade com a vontade de Deus e do seu guardião — a minha luz interior —, que orienta-me os caminhos e instrui-me ao longo da minha jornada, de realizações e feitos grandiosos, para neste mundo edificá-las em verdade, amor e fraternidade para com o próximo, e consoante com a vontade do Creador. Amém!
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